Jurassic World: o domínio do tédio

Olá, pessoal! Igor aqui! Como vocês já viram pelo título do texto, hoje falaremos do novo filme da franquia Jurassic World, mas acho que algumas ponderações prévias são necessárias.

Muito se espera das ‘’crianças’’ da década de 90 quando se trata de algumas séries específicas, sendo a saga jurássica uma destas. Digo isto porque, naturalmente depois do lançamento do primeiro filme da saga em 93, dinossauros voltaram ao seu glamour completo. Toda criança era completamente vidrada nestes animais escamados – eles têm escamas? Não sei, não sou expert.

Então, não seria exagerado presumir que você, caro leitor, está pensando: ‘’Oxe, o Igor deve amar dinossauros então, até chorou no cinema’’. E, neste caso, você está redondamente enganado, sempre caguei para dinossauros.

Imagem: Universal Studios

Admito que talvez os momentos mais marcantes que envolveram dinossauros na minha infância foram jogando Turok no Nintendo 64 e em alguns episódios de Transformers. Logo, esta faca, como todas praticamente, tem dois gumes. Por um lado, eventual nostalgia e meu amor pelos animais de sangue frio não atrapalharão meu senso crítico e, pelo outro, um filme focado nesta tal nostalgia vai passar tão longe de me afetar quanto o Neymar passou da bola de ouro em 2022.

Enfim, sem mais delongas, Jurassic World: Domínio é a sequência direta do filme de 2018 subtitulado de Reino Ameaçado e já chegou com grandes promessas devido ao final intrigante de seu antecessor. Isto porque, no final do filme de 2018 temos a libertação de vários dinossauros diretamente na civilização o que, por si só, já traz uma promessa de um salseiro de primeira, mas que conta com a grande cereja do bolo que vem na forma de clonagem humana de uma das protagonistas – uh uh uh my body is ready para intrigas políticas e críticas sociais.

E felizmente, o novo filme me entregou isso, por um total de cinco minutos e vinte e sete segundo – não contei, mas deve ter sido isso. Eu realmente não compreendi o que eles pretendiam aqui, tinham uma história interessante, uma premissa que dava para conduzir em diversos destinos possíveis e, de resultado, basicamente fizeram um crossover com Velozes e Furiosos e entregaram um dos filmes de ação mais vazios dos últimos anos. Sério mesmo, pouquíssima coisa funcionou neste filme.

Para quem já me acompanha há mais tempo, sabe que eu geralmente procuro encontrar algo positivo para falar sobre os filmes, mas aqui eu estou com dificuldades. Pô, no Instagram eu até consegui não destruir completamente Morbius… MORBIUS! E Jurassic World acabou de entrar neste seleto grupo de filmes dos quais eu preciso me esforçar para elogiar.

Imagem: Universal Studios

Mas como perseverança é meu segundo nome – não é, mas vamos fingir – encontrei algo que eu tenha gostado. Fica comigo.

No final do filme, bem lá no final, tem imagens bem bonitas de dinossauros coexistindo com animais que vemos todos os dias, mostrando como eles integrariam nosso ecossistema. Foi lindo, parecia até comercial da Volvo. Brincadeiras a parte, eu pergunto se algum de vocês consegue me dizer por que gostei de ver estas cenas.

A resposta é bem fácil: PORQUE FOI ISSO QUE VOCÊS ME PROMETERAM NO FILME ANTERIOR SEUS DESGRAÇADOS!

Mas não para por aí, Jeff Goldblum no papel do icônico Dr. Ian Malcolm está mais engraçado do que nunca. Eu juro, eu acho que ele chegou no set de filmagens com o caderninho de piadas e foi soltando uma após a outra sem nem olhar para o diretor.

Imagem: Universal Studios

E é basicamente isso. Sério mesmo. É muito triste ver que um filme com tantos talentos no elenco (Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Omar Sy e assim por diante) seja tão sem sal ao ponto de eu questionar a qualidade do trabalho de todos ali presentes.

Ah, enfim pessoal, vocês já entenderam que eu não gostei e não vou ficar aqui marretando mais o filme, então vamos de um bate bola rápido de tudo que não gostei: roteiro ridículo, diálogos mal escritos, o maior número de clichês sem sentido por m² de cinema, efeitos especiais horríveis, completa falta de sensibilidade com a grandiosidade do elenco original e por aí vai.

No meio do filme eu fiz como todos que trabalharam nele – aparentemente, é obvio – e simplesmente desisti, já sabia que a partir daquele ponto não tinha mais salvação. MAS como eu também não sou um monstro, eu diria: caso você goste MUITO de dinossauros – e seja meio masoquista, mas fazer o que – assista, você certamente terá uma diversão ao ver estes animais que tanto ama.

Então é isso pessoal, obrigado por me aguentarem até aqui. Um grande abraço!

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