Animais Frantásticos: Os segredos não secretos de Dumbledore

Olá, pessoal! Alguns de vocês podem estar esperançosos ao ler esta introdução pensando: “Nossa, ele até nos deu oi. Deve estar feliz.” Não, eu tô puto, mas continuo educadinho. Amo vocês.

Enfim, geralmente eu começo contando alguma história sobre minha infância ou algum momento que guarda alguma relação com o filme/série/livro/jogo. Mas, como já disse, eu tô puto, então vamos fazer um brain storming rápido de alguns pontos importantes:

  1. Amo Harry Potter. Sempre amei, sempre amarei;
  2. Vi os filmes e li os livros;
  3. Tenho o chapéu seletor tatuado no meu tornozelo;
  4. Sou da Corvinal;
  5. Sempre fico alternando meu filme preferido entre A Câmara Secreta e O Prisioneiro de Azkaban;
  6. Amo a Luna;
  7. Se você perdoa o Snape só porque ele amava a Lilian, nem fale comigo -brincadeira, fica aqui;
  8. Acho o Valdemort um arregão que não se garante na porrada;
  9. A Criança Amaldiçoada recebe HATE demais, embora seja um lixo.

Vencidos estes pontos – e calma, eu vou explicar o motivo da minha raiva – resta apenas eu ponderar meu sentimento em relação aos dois primeiros filmes da Saga Animais Fantásticos. Spoiler alert: São ruins.

Durante todos os anos de minha vida, sempre me vangloriei por não ser um hater, então eu já deixo BEM claro que eu sempre procuro algo bom nos filmes que assisto, por isso, por vezes posso parecer até muito permissivo em alguns momentos. Dito isto, eu penso que nunca tive tanta dificuldade de defender uma saga quanto tenho em defender Animais Fantásticos – por sinal, nem tento defender.

Imagem: Warner Bros

Vou dar o braço a torcer, o primeiro filme foi ok e serviu como entretenimento no seu ano de lançamento, entretanto, nos minutos finais, ao me deparar com a intensão de construção de uma nova franquia eu já imaginava a cagada futura. E Deus, como ela veio.

Sendo curto e realista. Eu odeio os Crimes de Grindelwald. Para mim é um grande prólogo de 2h30min com pouca coisa interessante acontecendo. MAS eu dou os créditos quando merecidos: Jude Law como Dumbledore novinho é algo que eu não sabia que precisava, mas que agora não vivo sem.

E isto nos traz ao mais novo filme da saga, o qual promete o grande embate entre os maiores bruxos conhecidos até então e sobre isto só me resta dizer HA-HA-HA. Quem assistiu vai entender.

Como sempre, vamos trabalhar com nossos pontos positivos e negativos e por hoje começarei com os positivos, porque eu gosto de não seguir padrões.

Imagem: Warner Bros

Como pontos positivos eu ressalto a GRANDE beleza visual do filme, o Jude “Lawve” do meu coração – foi bom o trocadilho vai, dá uma moral – e o nosso mais novo Grindelwald, Mads Mikkelsen.

Quanto ao aspecto visual do filme, eu realmente sinto que é prescindível elaborar em demasia. A saga Harry Potter e, por consequência, Animais Fantásticos sempre se colocam no mais alto patamar de detalhismo visual. Coisa linda de se ver mesmo!

Jude Law, assim como disse antes, não é novidade para a saga, mas alguns pontos novos merecem parabenização. Durante toda a saga de livros nós temos muito mais acesso ao psicológico do personagem, tanto em relação aos seus momentos bons, como em relação aos ruins. Entretanto, quando da adaptação aos cinemas, tivemos uma palhinha leve destes pontos, mas que nunca passou de uma mera agulha do palheiro.

Imagem: Warner Bros

Já neste novo filme, vamos a fundo – bom, o mais fundo do que fomos até agora, pelo menos – em todas as camadas do personagem. E neste cenário Jude Law entrega uma atuação de ponta. Ele é charmoso, carismáticos, faz chorar, faz sorrir e até me fez sentir raiva em alguns momentos.

Já o grande elefante da sala – Mads Mikkelsen – também chega como uma surpresa agradável. A parte da surpresa naturalmente não reside na sua qualidade técnica, uma vez que é um daqueles atores claramente sedimentados na boca do povo, mas sim pelo fato de que estreia no terceiro filme da saga, substituindo o então aclamado Grindelwald de Johnny Depp.

E é com felicidade que digo que a mudança foi para melhor, pelos menos em alguns pontos. Como o filme resolve tomar um rumo muito mais político que seus antecessores, vem a calhar o visual mais resguardado de Grindelwald nesta sequência, trazendo um ar de autoridade um pouco maior. Neste aspecto, se já havia esta intenção desde o início, não consigo imaginar o Johnny Depp com suas calcas justas, coturnos e cabelo parecendo o Supla como um candidato muito respeitável.

Imagem: Warner Bros

Por outro lado, entretanto, este novo ar de sério do personagem carrega um tédio gigantesco. Já ressalto que de forma alguma isto deve recair no ator que, por bem ou por mal, só estava seguindo ordens. O novo personagem, ao jogar muito safe, acaba se tornando um personagem meio comum demais, sem nenhum momento efetivamente impactante para marcar sua autoridade. Obviamente isto também é decorrência da apresentação da figura ter ocorrido nos filmes anteriores, entretanto, com a troca de ator, eu realmente senti falta de um momento que você ficasse: “Porra, o cara é brabo”.

E agora, vamos aos tão aguardados pontos negativos – e este ponto é fácil. “Ah Igor, é fácil porque tem poucos?” Hehehe, não. Eu digo seguramente que, desconsiderando os pontos positivos elencados acima, todo o resto eu coloco como negativo.

Antes que alguns Potterhead procurem meu endereço de IP e tentem invadir minha casa, me permitam explicar.

Este é um caso interessante de que os pontos negativos não são necessariamente ruins, mas são claramente abaixo do esperado – a famigerada decepção. O filme aceita, de forma que me deixa puto, a completa mediocridade em tudo que faz. Digo mais, não só aceita como por vezes abraça a mediocridade, tomando decisões que tiram qualquer impacto positivo de diversas cenas.

Ora, penso que não seja pedir demais que um filme que deve tratar de forma super explícita a relação amorosa e fraternal de Dumbledore e Grindelwald, bem como o seu embate para proteger o mundo bruxo e trouxa, se proponha a nos dar acontecimentos grandiosos, cenas dignas de tirar o fôlego e nos deixar na ponta da cadeira do cinema. Mas isto não ocorre.

Eles esperam que o fã se contente com umas explicações mornas, embate borocoxô e uma conclusão digna de um murro na cara, mas eu efetivamente me recuso.

Imagem: Warner Bros

Assim, em conclusão, Os Segredos de Dumbledore acaba sendo o melhor filme da trilogia, não por mérito, mas sim por chegar no momento mais interessante da história que se presta a contar. E com isto, para meu veredito, eu faço um apelo aos primeiros filmes: se você gostou, penso que não custe dar uma chance e prosseguir com a história. Se você, assim como eu, já está meio puto com o descaso, sinto em lhe informar que ele continua.

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